Conclusão de montagem de barreiras dinâmicas na Linha da Beira Baixa

Conservação e Manutenção
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Esta intervenção teve como objetivo central a melhoria dos níveis de segurança da exploração ferroviária, pessoas e bens

Foi concluída a empreitada de montagem de barreiras dinâmicas no talude contíguo ao emboquilhamento de saída do túnel das Portas de Ródão, localizado na Linha da Beira Baixa, concelho de Vila Velha de Ródão, distrito de Castelo Branco.

Esta intervenção, com um investimento global de aproximadamente 750 mil euros, teve como objetivo central a melhoria dos níveis de segurança da exploração ferroviária, pessoas e bens, mediante a reparação e reforço do sistema de barreiras dinâmicas que havia ficado danificado na sequência da queda de blocos rochosos, com origem em cotas superiores das encostas naturais. 

Desta ocorrência resultaram danos estruturais na barreira dinâmica localizada a meia encosta, bem como no Sistema de Deteção de Queda de Blocos (SDQB) ali instalado, o que implicou a necessidade de implementação de restrições de velocidade à circulação ferroviária.

Veja o vídeo da empreitada:


A Empreitada


A empreitada consistiu na desativação total da barreia existente e na materialização de quatro novas barreiras dinâmicas, com capacidade para absorver blocos com dimensão média de 1.5 m3, mas podendo atingir os 3.0 m3. Face à dispersão em área dos potenciais locais de origem de destacamento de blocos, à orografia acidentada do próprio talude, à recorrência do fenómeno e à necessidade de salvaguardar uma distância mínima à Linha da Beira Baixa, procedeu-se à instalação de 1 barreira com energia de impacto máxima de 3000 kJ e 5m de altura, 2 barreiras com energia de impacto máxima de 3000 kJ e 6m de altura e 1 barreira com energia de impacto máxima de 5000 kJ e 6m de altura, única na nossa Rede.

O desenvolvimento dos trabalhos, fortemente condicionado pela inclinação natural do terreno, difíceis acessos e existência de infraestrutura de catenária, decorreu exclusivamente em período diurno e sem comprometimento da circulação ferroviária, pelo que houve necessidade de encontrar soluções que garantissem o acesso expedito de meios humanos, materiais e equipamentos às frentes de obra.

Para fazer face a todos estes condicionalismos, foi montada uma complexa operação logística, da qual se destaca a utilização de helitransporte para descarga de materiais e apoio à montagem das barreiras dinâmicas.

Ao nível da programação e execução dos trabalhos foram igualmente tidos especiais cuidados com vista à proteção da avifauna, considerando que a intervenção se realizou em pleno Monumento Natural das Portas de Ródão, tendo a IP contado com a colaboração e cooperação do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e da Quercus.